Este livro reúne onze ensaios que dialogam com a filosofia de Nietzsche, pensador alemão do século 19. Recorrendo a alguns conceitos do filósofo, como amor fatti e morte de Deus, os ensaístas discorrem sobre temas corriqueiros, como o amor, o jogo, a religião, a música caipira.
No ensaio O sagrado e o profano, por exemplo, o professor Marcos H. Camargo expõe as fronteiras que separam o universo do sagrado do mundo da cultura. Enquanto o sagrado corresponde às nossas origens primitivas e obscuras, aos nossos impulsos ilícitos e irracionais, o profano remete à dimensão do logos, do discurso racional, da cultura. A necessidade de conter a violência e reprimir condutas indesejáveis, mantendo a lei e a ordem social, fez com que os homens elaborassem a cultura, separando-a do âmbito irracional do sagrado. Por colocar em risco a própria sobrevivência do grupo, o sagrado precisa ser contido, enquadrado dentro de certos limites. Como explica o autor:
No ensaio O sagrado e o profano, por exemplo, o professor Marcos H. Camargo expõe as fronteiras que separam o universo do sagrado do mundo da cultura. Enquanto o sagrado corresponde às nossas origens primitivas e obscuras, aos nossos impulsos ilícitos e irracionais, o profano remete à dimensão do logos, do discurso racional, da cultura. A necessidade de conter a violência e reprimir condutas indesejáveis, mantendo a lei e a ordem social, fez com que os homens elaborassem a cultura, separando-a do âmbito irracional do sagrado. Por colocar em risco a própria sobrevivência do grupo, o sagrado precisa ser contido, enquadrado dentro de certos limites. Como explica o autor:
"[...] sua presença inconstante convulsiona o caos da criação, motivo pelo qual precisa ser contida num lugar especial (templo), acessada tão somente num tempo específico e cultivada a partir de regras estritas (tabus e dogmas), de vez que seu extravasamento, seu transbordamento ilícito e irracional em meio à comunidade traz o perigo de subverter a ordem lógica e profana da cultura."
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